27 de mai. de 2010

He whispers, "Te quiero, te quiero"

Por entre aquelas estradas e caminhos túrgidos você me fez sorrir, como se fosse uma missão. Por entre aquelas broncas de sábado a noite ou aquelas brigas de quarta de manhã você me protegeu. E por mais que eu tentasse esquecer, sentiria falta. Das promessas ditas em meio a conversas de fim de tarde, dos segredos trocados via celular e das risadas em meio ao trânsito enquanto eu dirigia. Queria tudo pra sempre... Queria te ter para sempre, por mais que você me estresse, me irrite e me belisque; só para acalmar um pouco a tempestade que estava acontecendo.
Mesmo estando distante é fácil imaginar cada passo teu; predeterminando ações que eu não consigo entender. Escutando palavras que eu não consigo decifrar. Vendo gesto que eu não consigo compreender.
Não me acostumo com teu traços e contornos, nem com tuas falas e decisões. Mas entre enigmas, eu só imagino o que quero escutar e o que quero ver; são apenas dois erros meus... Que de nada me fazem mal.

20 de mai. de 2010

- If I could, then I would...

And maybe, I'll find out
A way to make it back someday
To watch you, to guide you, through the darkest of your days
If a great wave shall fall and fall upon us all
Then I hope there's someone out there
Who can bring me back to you


E talvez, eu irei descobrir
Uma maneira de voltar algum dia
Para observá-la, para guiá-la, através da escuridão dos seus dias
Se uma onda enorme caísse, caísse sobre nós todos
Então eu desejaria que houvesse alguém
Que trouxesse você devolta para mim

(The Calling)

19 de mai. de 2010

- Um segundo é muito para quem sabe o que quer

Eu me sinto feliz. Por ver que o teu sorriso já não me interessa mais e tuas palavras já não fazem diferença. Porque quando ouço teu nome não nada muda e o que acontece com você pouco me importa. E não sinto mais raiva de ti, nem guardo rancor... Apenas indiferença. E era aqui que eu queria chegar! Neste ponto que eu procurava alcançar com você. Porque antes, não importava o quanto eu me preocupasse com tudo; você simplesmente vivia do seu próprio modo. Eu destrui estradas e derrubei pontes; interferi onde eu nunca gostaria de interferir, provoquei o que eu mais temia. E hoje eu acredito que foi melhor assim. Aquelas vozes que me indicavam o que fazer estavam certas.

Ao mesmo tempo eu pergunto por que teve que ser assim!? Mas não há tempo para perguntas e sim ações. Acredito que andei nos momentos certos. E de tanto isso me ensinou. Entenda que em meio a terremotos e enchentes a coragem é o melhor ponto pra escape, e os sentimentos são apenas traiçoeiros.

Mas agora um sorriso brota no meu rosto, por saber que do passado já não sinto falta e muito menos ele interfere no meu presente. E o meu futuro? Eu direi como vai ser; bem perto do que me faz bem.

18 de mai. de 2010

-Encaixes de vai e vem

Ele me olhou desconfiado:
“Que eu não posso ler?! Existe algo que eu não sei ou não deveria ver?”
“Existem coisas que você vê, mas talvez não saiba...”
Meus olhos o analisaram a situação que havia ao redor da gente. Eu estava tentando refletir nossos gestos e palavras; eu falei demais. Acabei de me entregar.
“Mariana...” Você disse meu nome impaciente.
Era o fim. Sempre quando isso ocorre é o fim. Seu jeito de dizer meu nome, preocupado com algo ou deixando subentendido o quando você me acha inocente chega a ser preocupante. Eu até analiso todos os fatos.
Quando arqueia suas sobrancelhas e insiste em perguntas e respostas já até sei que, mais cedo ou mais tarde, vou ceder às suas reivindicações. E realmente não tem jeito! Por mais que eu bata meu pé, bufe e entorte minha boca nada funciona.
“O que você está aprontando?” ele pergunta. E eu me questiono o que leva alguém a me perguntar o que eu estou aprontando.
“O que eu poderia aprontar?!”
Ele apenas sorri e me abraça. Oh, quão estranhas são essas pessoas... Do mesmo modo que ele parece estar subindo escadas, ele parece estar descendo. Como sentimentos, gestos e caras mudam de um segundo para o outro?! É uma imensidão.
Apenas encosto minha cabeça sobre seus ombros achando que eu poderia ficar assim por um bom tempo. Mas particularmente, chega um tempo que se torna desconfortável. Fecho apenas um olho e analiso meu subir e descer de escadas.
“Você não deveria ir embora?” eu pergunto meio desconfortável.
“É, deveria.”
“Procure não se perder e se cuidar!” digo já virando as costas rumo a outro lado.
“Tudo bem! Vou procurar fazer isso.”
Não tente entender certos passos que te guiam. Alguns são claros e outros indecifráveis. Tudo complicado e perfeito... E eu só ordenava palavras para diferenciá-las das minhas incógnitas. Eu nem queria nada. Só responda-me o que é isso?

15 de mai. de 2010

Eu só queria...


encontrar alguém. E queria agora. Alguém para ouvir meus sonhos, pesadelos, vitórias, derrotas, medos e insanidades... Alguém que entenda meus gostos, que me faça descobrir novos! Alguém para abraçar e beijar, para ficar de mãos dadas... Passear à toa ou ficar sem fazer nada, mas que ficasse comigo. E imaginar o futuro juntos! 'Preciso de alguém, e é tão urgente o que digo. Perdoem excessivas, obscenas carências, pieguices, subjetivismos, mas preciso tanto e tanto. Perdoem a bandeira desfraldada, mas é assim que as coisas são-estão dentro-fora de mim: secas (Caio Fernando Abreu)

9 de mai. de 2010

Pra sempre em mim...

Não te criei com linhas coloridas ou pincéis atômicos, nem com tinta guache ou lápis de cor. As curvas cheias de cores, os traços, o cinza do lápis não pertencem à realidade que me leva a você.
O que faz com que eu chegue até ti é a necessidade de me sentir melhor, precisando apenas saber que estas perto e que falas comigo... Ter ainda a certeza que estou na sua vida. Por mais que eu não seja a principal, para mim basta saber que sou algo diferente dentro dos seus pertences.
Em ti não criei
nada, tudo se fez por si só; o que eu posso ver são alguns brilhos que eu ainda não tinha visto que, de alguma maneira, acabam transpassando pra mim.
As tuas cores, teus traços, borrões e garranchos são tão comuns... Mas não diante dos meus olhos. Nos teus passos posso enxergar tom sobre tom que se misturam e se firmam numa combinação admirável.
Não és belo ou perfeito ou qualquer coisa do tipo. Só és alguém que eu aprendi a olhar de uma maneira diferente, procurando qual mistério se esconde e identificando quais cores são as suas.