7 de ago. de 2010

- E hoje eu estou aqui...

Eu me sinto perdida; mais do que nunca. São tantas pessoas, palavras e ações novas que acabo me esquecendo das antigas. Sinto-me como se não soubesse mais nem ao certo o que eu quero, como se os planos feitos e refeitos a 5 meses atras não fizessem mais o menor sentido e o caminho que estava bem aminha frente, e parecia ser único, foi atravessado por vários outros; fazendo zigue-zague, dando enfase ao que eu já sei... mas tenho dúvida.
Não quero estar perdida em meus próprios pensamentos, nem no meu próprio ambiente. Torne tudo mais simples, conte-me um segredo e me leve pra outro lugar, diga-me que vou me achar e que tudo vai ficar bem, ou não diga nada, só apareça por aqui... E conte-me como foi sua viagem.
Quero um ser que me diga que eu posso ser o que eu quiser, quando eu quiser, e que planejar a vida é tolice, que o que acontecerá no futuro não dependerá do eu presente, que eu tenho todo o tempo do mundo, e que o tempo é só um símbolo e ninguém depende dele. Ah, que agunia!
Desejo me situar... entre o branco, o vermelho e o azul. Entre o eu quero, eu devo e o menos importante. O que é permitido e o que é memos necessário. Desejo encontrar em eixo de conecção entre os três tripés que me sustentam e parecem distantes... Mas acabam ligando a mesma coisa.
Eu não sei de nada... Nem de mim mesma.

3 de ago. de 2010

- Manual para Românticas Incorrígíveis

Tom olhou para o chão, e então de novo para Kate.

- Kate, eu... eu gosto de você. Sempre gostei. Não, não é isso. Eu te amo, Kate. Amo tudo em você. Aprendi a amar até este livro, este livro perigoso e suas desastrosas dicas de moda. Eu quero ser o seu herói romântico, Kate. Quero ser aquele que vai virar a sua cabeça e cavalgar pôr do sol adentro com você na garupa do meu cavalo. E se isso não puder acontecer, então pelo menos me deixe ficar na sua lista de suplentes. Caso o herói fique preso em uma emboscada...
Kate o beijou.
- Que tal você simplesmente ser o amor da minh avida? - ela sussurrou, numa voz rouca. - Aquele em que eu penso o dia inteiro até chega em casa. Aquele que eu gostaria que me abraçasse agora?
- Assim? - Tom disse, se inclinando e abrançando-a.
- Exatamente assim - Kate sussurrou.
- Mas pelo menos deixe eu usar um chapéu charmoso - Tom riu, beijando os lábios dela, o nariz, a testa, e então os lábios de novo.
- A questão é, Tom, que eu não sou mai suma romântica incorrigível - Kate disse séria.
- Mas você precisa ser - Tom disse, com uma expressão magoada - Você me converteu completamente, e Sal também, pelo visto. Não pode se transformar numa pragmática agora, por favor.
Kate balançou a cabeça.
- Lamento, Tom. Simplesmente não sou mais. - então ela sorriu, maliciosa. - Sou uma romântica que foi corrigida - e ficou na ponta do spés para beijar Tom mais uma vez. - Afinal de contas, o que é isso, senão um final feliz?


(Gemma Townley)