23 de dez. de 2010

- Primeiro


Acordou para o sol a sentir o vento. Disse que em seu jogo ela mesma daria as cartas, ditaria as regras e falaria quando acabasse. Olhou fixamente para o espelho; ali ela via um reflexo que mudou durante vários anos, Pobre menina, nunca se apaixonou.
Mas quando as palavras vieram à tona todo o sentimento se escapou e foi visto; como se ele sempre estivesse ali, visível. E tudo e tanto o que ela se enganou, caiu como se nunca tivesse existido. Conseguiu descobrir o segredo que tanto guardava e as frases que tanto evitava.
O sorriso se lançou no mar, e eu ela pôde ver o vai e vem de uma história que poderia já ter acabado, sem se quer ter tido um começo. Os olhos se cruzaram e ela conseguiu ver que a saudade é o sentimento mais crucial que existe; entendeu que estar longe às vezes é o mesmo que estar perto sem poder tocar.
Ela sorriu pensativa: o que o que é para acontecer sempre acontece, independente das circunstâncias, e não adianta tentar escapar do seu próprio querer. O sol e o vento nunca a renovaram tanto. Ela nem sabia o que sentia ao certo, nem o que queria de fato. Mas tanto faz quando, independente de tudo se é feliz, e o que tiver de ser vai ser. Porque ela tinha outros sonhos...

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