3 de jul. de 2010

- Elementar


Não quero confundir o cheiro do teu perfume com o teu cheiro natural. Na medida em que te aproximas, vejo mais de perto teus olhos que permanecem por algum tempo nos meus. E quando procuras meu pescoço pra roçar teus lábios sinto algo correndo por dentro, desejando fazer o mesmo, em retorno. É nessas horas que às vezes penso ser só uma maneira de não tocares nos meus lábios.
E quando me pedes para não ir, por um momento eu quase acredito na verdade. Mas depois realizo que talvez possa ser só egoísmo da tua parte. Às vezes me vejo pensando em te abraçar e ficar assim por um tempo... Trocando nossas brigas e discussões, que me deixam ora rindo ora preocupada, por um silêncio, calmo, que transpareça o nada.
Queria por um tempo olhar teus pensamentos e tentar decifrar teus gestos. Não sou boa em enigmas, só entendo quando está tudo claro. E tuas palavras não transmitem o entendimento que eu preciso, a explicação que eu necessito; quando os rostos vão em uma direção e depois seguem outra ou quando as mãos se tocam.
Procuro não pensar no que poderia ter sido, mas no que é. Nos gostos e desgostos, nas palavras tortas com sentidos contrários. Nos toques de narizes, nos sorrisos e risadas. No quão chato, implicante, impaciente e incompreensível és; e perceber que somos idênticos neste quesito.
E quando me perguntam o que eu mais gosto, sempre digo que é de você!

1 comentários:

The Geek disse...

Eu não nado bom em enigmas também, e eu tento entender tuas palavras, de onde tira a inspiração pra assim escrever... Sobre o que é tudo isso?
Bjus.

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